A Maersk Line vai abandonar o Acordo de Estabilização Transpacífico (Transpacific Stabilization Agreement, ou TSA) em Dezembro, na sequência dos compromissos assumidos com várias entidades reguladoras durante o processo de aquisição da Hamburg Süd, refere o World Maritime News.
Entre as concessões que foi obrigada a fazer para garantir a aprovação da aquisição por 23 entidades reguladoras, a Maersk Line assumiu o compromisso de não estender à Hamburg Süd a participação em qualquer Acordo de Partilha de Navios (Vessel Sharing Agreement, ou VSA) actualmente em vigor nas rotas Extremo Oriente/Costa Ocidental da América do Sul e a terminar com a participação da Hamburg Süd num VSA na rota Extremo Oriente/Costa Leste da América do Sul. Foi igualmente assumido o compromisso de não integrar qualquer VSA com os seus principais concorrentes durante os cinco anos imediatamente posteriores à aquisição da Hamburg Süd.
Com a aquisição da frota da Hamburg Süd, a Maersk Line passa a ter a maior frota mundial de porta-contentores (capacidade para 4.156.500 TEU), segundo dados da consultora Alphaliner. Além disso, importa não esquecer os cinco navios de 19.150 TEU que a Hamburg Süd tem sob encomenda e os 20 navios sob encomenda da Maersk Line e que totalizam 261mil TEU (para entregar neste ano e no próximo).
Em conjunto, as duas frotas representarão 19,4% do comércio global e poderão obter sinergias de 300 a 340 milhões de euros a partir de 2019, segundo a Maersk Line, citada pelo World Maritime News.
- Sines não vai salvar nem a Alemanha nem a Europa…
- MAR: O Sucesso do Registo Internacional da Madeira
- Empesas de Reboque Marítimo: o drama de um mercado desvirtuado
- Registo da Madeira expande-se na Europa
- A evolução dos mercados e do transporte do Gás Natural Liquefeito
- A reduzida Marinha Mercante Portuguesa e a falta de ambição Marítima
- A transformação do «Shipping» e da Logística
- Prio lança biocombustível para transporte marítimo