A Câmara Internacional da Marinha Mercante (International Chamber of Shipping, ou ICS), defendeu uma visão de zero emissões de CO2 provenientes do transporte marítimo na segunda metade deste século, admitiu Simon Bennet, Director de Política daquela organização, na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP 23), que decorre em Bona, na Alemanha, até 17 de Novembro, referem vários meios de comunicação social.
Para Simon Bennet, a ICS acredita que esta meta é alcançável com recurso a combustíveis alternativos e novas tecnologias propulsoras, como o hidrogénio, baterias, células de combustível de energias renováveis ou mesmo outras soluções ainda não antecipadas.
Entretanto, a indústria do transporte marítimo propôs que os Estados membros da Organização Marítima Internacional (IMO, na sigla em inglês) adoptassem um objectivo ambicioso de redução das emissões do sector numa determinada percentagem até 2050. Alguns Estados já terão avançado com propostas, como países da União Europeia e Estados-ilha do Pacífico, que defenderam uma redução de emissões de CO2 em 70% até 2050. E o Japão já apresentou à IMO uma proposta detalhada de redução de 50% até 2060 com indicação dos meios para a atingir.
Independentemente do caminho a seguir, a ICS admite que a frota mundial não deverá ter acesso a novos combustíveis alternativos antes de duas ou três décadas e que o comércio internacional, a população global e melhoramentos dos padrões de vida das populações irão determinar um aumento da procura do transporte marítimo.
A ICS acrescenta que recorrendo a uma combinação de medidas técnicas e operacionais, o sector já parece ter reduzido em 8% as emissões de CO2 desde 2008, apesar de um aumento de 30% no comércio marítimo entre essa data e 2015.
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