Combinando expositores e um congresso com intervenções destinadas a candidatos a marítimos, a APORMAR promoveu um evento bem participado e bem acolhido pela audiência e visitantes
ASEAN

Cerca de 600 participantes, entre inscritos (mais de 450) e convidados (cerca de uma centena) estiveram ontem presentes na 1ª Feira Congresso da APORMAR – Agência Portuguesa de Marítimos, em Lisboa, subordinada ao tema «Trabalhar Num Navio». Um número que satisfez a agência. A par de uma série de painéis dedicados ao trabalho a bordo de navios, o evento contou com uma série de expositores de entidades variadas, incluindo empresas de cruzeiros, instituições formadoras, empresas de recrutamento, uma clínica e um estúdio de fotografia.

Álvaro Sardinha, fundador da APORMAR, abriu a componente congresso com uma intervenção sobre a agência e o mercado de trabalho dos marítimos, procurando esclarecer a audiência, maioritariamente composta por interessados ou candidatos a profissões marítimas, sobre a cédula marítima, o certificado médico necessário para o ingresso na carreira, a certificação STCW e modos de apresentação dos candidatos junto dos empregadores do sector, designadamente, empresas de cruzeiros.

Cristina Lança, advogada de Direito Marítimo, dedicou a sua intervenção ao conceito de trabalho marítimo no quadro das convenções internacionais e aos tópicos da fiscalidade e regime da segurança social aplicáveis aos marítimos, sem esquecer o regime jurídico nacional e alguns esclarecimentos sobre o regime particular dos marítimos empregados a bordo de navios registados no Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR).

Outra oradora, Idalina Carreira, Directora da Merline Recrutamento e Gestão de Tripulações, abordou a questão da importância da formação específica no acesso a postos de trabalho em profissões marítimas, designadamente em ferries ou navios de cruzeiro. Mencionou igualmente os principais aspectos considerados pelos empregadores deste sector, como a relação dos candidatos com o mar, a experiência profissional, o domínio de línguas e as competências mais relevantes (capacidade de trabalho em equipa, atitude tolerante, idoneidade pessoal e apresentação).

A enfermeira Paula Cruz, a organizadora de escalas de navios de cruzeiros Susana Santos e a gestora de recursos humanos Aida Carvalho deram testemunho das suas experiências pessoais como profissionais ligadas ao trabalho a bordo de navios, desmistificando algumas realidades junto do auditório e lembrando a importância da disponibilidade necessária para responder às solicitações e imprevistos da sua actividade.

Finalmente, o Director do FORMAR – Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, Carlos Vasconcelos, juntamente com Inês Falcão e Rui Portugal, ambos da instituição, apresentaram o centro e os cursos que disponibiliza, com destaque para os cursos certificados no âmbito da Convenção STCW (International Convention on Standards of Training, Certification and Watchkeeping for Seafarers), que estabelece as Normas de Formação, Certificação e Serviço de Quarto para Marítimos.



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