A aproximação de navio iraniano levou o navio-patrulha dos Estados Unidos a fazer fogo de aviso no Golfo Pérsico. Sem responder, o navio iraniano permaneceu algum tempo na zona, antes de se retirar
USS Thunderbolt

O navio-patrulha norte-americano USS Thunderbolt terá disparado tiros de aviso contra um navio militar iraniano, presumivelmente operado pelos Guardas da Revolução, referiu a CNN. O incidente terá ocorrido esta semana no Golfo Pérsico depois do navio iraniano, quase a 140 metros de distância, não ter respondido a avisos do navio norte-americano, incluindo comunicações rádio, disparos de sinalização e sinais sonoros.

Na ocasião, o USS Thunderbolt estava acompanhado pelo USS Vella Gulf, equipado com mísseis de cruzeiro, e dois navios da Guarda Costeira, que estavam em missão de patrulha em águas internacionais, segundo afirma a CNN com base em fontes oficiais norte-americanas. Segundo as mesmas fontes, os disparos terão ocorrido face ao receio de colisão com o navio iraniano, que estava em aproximação.

A estação norte-americana refere que depois dos disparos, o navio iraniano “cessou as suas acções provocatórias”, sem detalhar quais eram, mas permaneceu na zona por algumas horas.

De acordo com a CNN, esta não foi a primeira vez que as Marinhas norte-americana e iraniana protagonizaram incidentes no Golfo Pérsico. Em Junho, os Estados Unidos acusaram um navio iraniano de comportamento arriscado e não profissional, por ter iluminado com raios laser um helicóptero norte-americano que acompanhava navios em formação no Estreito de Ormuz. Na ocasião, não houve troca de tiros. Em Abril, os norte-americanos criticaram a aproximação de um navio operado pelos Guardas da Revolução que se aproximava de um destroyer de atitude de risco e provocatória no Golfo Pérsico. Em Janeiro, o mesmo navio norte-americano disparara tiros de aviso depois de cinco navios militares iranianos se terem aproximado do destroyer e de dois outros navios no Estreito de Ormuz.

À CNN, o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, já tinha afirmado que em 2016 houvera um registo de 35 incidentes derivados de comportamentos de risco e pouco profissionais, maioritariamente no primeiro semestre.



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