China acusa Estados Unidos de militarização regional e de demonstrações de força
Mar do Sul da China

O destroyer norte-americano USS Dewey terá navegado a 12 milhas náuticas (20 quilómetros) ao largo do recife Mischief, nas Ilhas Spratly, um arquipélago controlado pela China no Mar do Sul da China mas disputado por vários países da região, segundo refere a CNN.

A passagem terá ocorrido na quarta-feira, no âmbito de “uma operação de liberdade de navegação”, refere a CNN citando fonte oficial dos Estados Unidos. Segundo a estação televisiva, na quinta-feira, o ministro da Defesa chinês adiantou que duas fragatas chinesas avisaram e afastaram os navios norte-americanos depois de “terem entrado nas suas águas sem autorização”.

Por seu lado, a CNN refere que o porta-voz do Ministério da Defesa da China, Ren Guoqiang, terá manifestado a oposição do seu Governo à demonstração de força e militarização regional levadas cabo pelos Estados Unidos.

Já o porta-voz do Pentágono, Jeff Davis, referiu à CNN que os Estados Unidos operam “na região Ásia-Pacífico numa base diária, incluindo no Mar do Sul da China”, sem ter dado detalhes suplementares sobre a operação. O mesmo responsável considerou ainda que os Estados Unidos operam “de acordo com a lei internacional; voamos, navegamos e operamos onde a lei internacional nos permitir”.

Este tipo de operações de liberdade de navegação eram comuns no mandato do Presidente Obama, mas há quem refira que Donald Trump estaria a evitá-las para não hostilizar a China, refere a estação televisiva. No entanto, ela aí está e nada indica qualquer alteração da política dos Estados Unidos nesta matéria, dizem alguns analistas.

A CNN cita ainda o Pentágono, segundo o qual as operações de liberdade de navegação “não são contra nenhum país ou qualquer zona marítima”.



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