Termina amanhã, na FIL, em Lisboa, o encontro do International Ocean Colour Science, que reúne especialistas de renome na ciência da cor dos oceanos e no qual estão a ser discutidas “aplicações emergentes e resultados de vanguarda” de novos produtos europeus apresentados durante o evento.
Conforme explicam os organizadores, “a observação da cor dos oceanos e a obtenção de imagens de ecossistemas marinhos a partir de órbita fazem parte deste novo serviço focado nas ciências marinhas”, porque “os oceanos não são sempre azuis”, dado que a sua cor “varia consideravelmente em função do conteúdo que arrastam com as correntes”.
Os mesmos organizadores acrescentam que “a cor dos oceanos pode ser influenciada por vários factores, como sedimentos em suspensão ou microalgas” e embora possa “parecer trivial”, a “monitorização da cor dos oceanos é, na verdade, vital para a identificação de eflorescências de algas nocivas que podem ter um efeito devastador na aquacultura”.
E notam igualmente que “os dados relativos à cor dos oceanos estão também a ser usados para monitorizar a qualidade da água, poluição, transporte de sedimentos, e para avaliar o papel do oceano no ciclo do carbono no contexto das alterações climáticas”, constituindo informações “indispensáveis para a gestão dos recursos marinhos, das pescas e dos ecossistemas marinhos e costeiros”.
Actualmente, estão a ser obtidas informações do satélite Copernicus Sentinel-3, “disponíveis nos sistemas de disseminação da EUMETSAT – de forma aberta e gratuita”, esclarecem os organizadores, através de sensores “desenvolvidos para seguir a trajectória das tonalidades da água para identificar o conteúdo a ser arrastado”.
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