Câmara de Ílhavo, porto de Aveiro, Universidade de Aveiro e associação de aquicultores subscrevem acordo
CITAQUA

A Câmara Municipal de Ílhavo (CMI), a Associação Portuguesa de Aquicultores (APA), a Universidade de Aveiro e a Administração do Porto de Aveiro assinaram recentemente um protocolo para o desenvolvimento do CITAQUA – Centro de Inovação e Tecnologia em Aquicultura.

Esta iniciativa decorre no âmbito da Plataforma Tecnológica do Mar (PT Mar), que apoia uma aposta universitária na criação de redes de competências dirigidas a sectores-chave da economia do mar, como a aquacultura sustentável e biotecnologia marinha, num contexto em que investigação, tecnologias e processos estão em desenvolvimento pela Universidade de Aveiro.

O centro ficará instalado no edifício da antiga depuradora da Bivalves de Aveiro, junto ao ECOMARE, em área sob jurisdição da Administração do Porto de Aveiro. Segundo apurámos junto do presidente da CMI, Fernando Caçoilo, existe uma estimativa do custo, que no entanto “é prematuro divulgar porque ainda vamos concretizar o projecto”.

Durante o primeiro trimestre de 2017 os subscritores vão detalhar um plano, ponderando concorrer posteriormente a um financiamento comunitário no âmbito do programa MAR 2020, designadamente a uma parcela dos 78 milhões de euros destinados à aquicultura, para viabilizar o centro.

Segundo nos adiantou Fernando Caçoilo, a intenção já foi manifestada ao Secretário de Estado das Pescas, José Apolinário, que a encarou positivamente. O autarca esclareceu que está em aberto a possibilidade de um financiamento integral ou parcial com fundos do MAR 2020.

Recordando que a Ria de Aveiro acolhe um importante núcleo de aquicultores nacionais, o presidente da CMI esclareceu que se justifica plenamente instalar um centro deste tipo em Ílhavo, aproveitando instalações inactivas junto ao ECOMARE (um projecto liderado pela Universidade de Aveiro, que possui o único laboratório oceanográfico do país) e beneficiando do know-how da Universidade.

“Esse conhecimento pode ser importante para ajudar os aquicultores a criar valor”, reconheceu Fernando Caçoilo, e pode contribuir para “a qualificação e desenvolvimento de processos de inovação, transferência de tecnologia e do apoio às empresas no sector da aquicultura, suportando-se em parcerias e processos de excelência de relevância nacional e internacional”, segundo uma nota municipal.

Segundo a CMI, o protocolo “assenta ainda no potencial da aquicultura em Ílhavo, na Região de Aveiro e em Portugal, claramente evidenciado pelas políticas públicas que estão a ser seguidas, bem como os desafios que as empresas do sector enfrentam ao nível da inovação, competitividade e internacionalização, podendo beneficiar das sinergias criadas entre as entidades do sistema científico e tecnológico nacional para ultrapassar com sucesso esses mesmos desafios”.



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